Conhecendo o Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Postado por Blog da ESP-VS em quarta-feira, abril 04, 2012


Programa Em dia com a Saúde aborda o tema “Conhecendo o Morhan –
Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase”


Programa de Rádio "Em Dia com a Saúde" na Rádio Tupinambá AM, deste
sábado, dia 07 de Abril, 8h as 9h, apresenta Roda de Conversa
“Conhecendo o Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas
pela Hanseníase”, com o Coordenador do Morhan, Jocilânio Neves. O
programa é uma realização da Secretaria da Saúde e Ação Social de
Sobral e pode ser acessado ao vivo através do site
www.radiotupinamba.com.br ou ligando para 36148282. Participe!!!!

SAIBA UM POUCO SOBRE A HANSENÍASE:

Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo
Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande
número de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem
(baixa patogenicidade); propriedades essas que não são em função
apenas de suas características intrínsecas, mas que dependem,
sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e o grau de endemicidade do
meio, entre outros aspectos. O domicílio é apontado como importante
espaço de transmissão da doença, embora ainda existam lacunas de
conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados,
especialmente aqueles relacionados ao ambiente social. O alto
potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao
poder imunogênico do M. leprae. A hanseníase parece ser uma das mais
antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam
de 600 a.C. e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem
ser consideradas o berço da doença. A melhoria das condições de vida e
o avanço do conhecimento científico modificaram significativamente o
quadro da hanseníase, que atualmente tem tratamento e cura. No Brasil,
cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles
em menores de 15 anos.

POLÍTICA NACIONAL DE CONTROLE DA HANSENÍASE
O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico precoce de casos,
seu tratamento e cura, visando eliminar fontes de infecção e evitar
seqüelas. A detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15
anos foi adotada como principal indicador de monitoramento da endemia,
com meta de redução estabelecida em 10%, até 2011 e está inserida no
Programa Mais Saúde: Direitos de Todos – 2008-2011 / Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).


SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Em 2010, o coeficiente de prevalência de hanseníase no Brasil alcançou
1,56 casos por 10 mil habitantes, com importantes variações regionais.
O coeficiente geral de detecção, 18,2 por 100 mil habitantes, é
considerado médio: concentra-se em Estados da região Norte e
Centro-Oeste e em algumas regiões metropolitanas do Nordeste.
Observa-se redução significativa na detecção de casos em todas as
regiões, em média de 4% ao ano. A proporção de cura nas coortes é
considerada regular. O coeficiente de detecção de casos diagnosticados
com grau II de incapacidade alcançou 1,2 casos por 100 mil habitantes.
Todas as regiões e a maioria dos Estados apresentam redução deste
coeficiente nos últimos três anos. Na última década, vem ocorrendo
redução da carga de hanseníase no Brasil, expressa pela redução dos
números de doentes em tratamento e de casos diagnosticados com lesões
incapacitantes de grau II.

No Brasil, é necessário intensificar as ações de vigilância da
hanseníase, voltadas especialmente à maior efetividade no diagnóstico
e tratamento da doença, especialmente nas regiões que apresentam maior
concentração de casos no país. Além disso, é importante o contínuo
aperfeiçoamento dos sistemas de informação, atividade fundamental para
garantir o adequado monitoramento da situação epidemiológica da
hanseníase no Brasil e para contribuir com a meta de eliminação da
doença como problema de saúde pública.
(Fonte: Ministério da Saúde)